Programa SEMENTES DA GRAÇA

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Graça, “Assustadora” Graça (Jonas 2)

>> sexta-feira, 25 de junho de 2010



Jonas, profeta, hebreu. Isto é o pouco que a Bíblia nos deixa conhecer deste homem, o qual recebera uma ordenança de Deus acerca de Nínive, a grande capital da temida Assíria (como São Paulo para os brasileiros, assim ela era gigantesca metrópole), que hoje é Mosul, no estado de Ninawa no Iraque.
No primeiro Capítulo deste livro, podemos encontrar Deus chamando Jonas para uma difícil tarefa, pregar arrependimento num dos maiores territórios inimigos dos hebreus, a Assíria, onde muito mais caos, destruição e vergonha causou para o povo de Deus em sua história do que os tão mencionados filisteus, para termos noção.
Jonas recebe as ordenança com resistência tal a ponto de desviar sua rota de Nínive para Társis como descrito em Jonas 1:3 “Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR.”
Para longe da presença do Senhor? Ao ler este trecho me perguntei: Como alguém foge da presença do Senhor? É óbvio que o teólogo mais leigo diria arrogantemente: Isto é impossível meu irmão! Deixando as especulações teológicas e nos revestindo do padrão de exegese Bíblica- que é Cristo- podemos entender como alguém foge da presença de Deus. Foge-se da presença de Deus quando Sua Vontade Soberana é ignorada, quando de fato não entendemos o que quer dizer: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra de Deus”. (Lucas 4:4)
Sustento pra nossa alma, espírito e vida, é a palavra de Deus! Sair do centro de sua vontade, e ignorar sua Palavra, é o mesmo que fugir de sua presença, claro, sabemos que Deus está em todos os lugares e ao mesmo tempo, isto é o mais básico dos saberes se tratando de Deus, mas... O homem foge de sua presença quando o ignora, quando não o corresponde, é o mesmo que Deus o entregar o indivíduo a seu bel prazer.
As coisas vão piorando, Jonas a bordo do barco dorme, e o texto grego dá a idéia de que ele não somente dormia, mas roncava e babava muito, dormia profundamente ao ponto de o navio ser açoitado pelas ondas e o profeta nem sentir os tremores a não ser quando foi acordado pelos outros companheiros de viagem que o mandaram clamar pelo seu Deus e depois lançaram sortes pra saber o causador daquela situação de vida ou morte, e caiu sobre Jonas.
Jonas 1:8 e 9.“Então lhe disseram: Declara-nos tu agora, por causa de quem nos sobreveio este mal. Que ocupação é a tua? Donde vens? Qual é a tua terra? E de que povo és tu? E ele lhes disse: Eu sou hebreu, e temo ao SENHOR, o Deus do céu, que fez o mar e a terra seca.” Temo ao Senhor? Que declaração! Sobre isto não é necessário escrever muita coisa não é? Vamos continuar!
Jonas chega ao ponto de deixar-se ser lançado nas águas turbulentas, e logo a seguir, um grande peixe, como nos diz as Escrituras, o engole e Jonas fica dentro deste peixe três dias e três noites, o suficiente pra que ele caísse em si e clamasse ao Deus dos hebreus para que o tirasse daquela situação horripilante, em que sua alma realmente cria e professava ter descido ao próprio inferno, nas entranhas da morte.
Jonas 2:1 e 2. “E orou Jonas ao SENHOR, seu Deus, das entranhas do peixe. E disse: Na minha angústia clamei ao SENHOR, e ele me respondeu; do ventre do inferno gritei, e tu ouviste a minha voz.” Do ventre do inferno, sabendo ou não que se tratava de um peixe, pois no mar turbulento e em meio às vagas e ondas é bem provável que não se reconheça bem o que aconteceu, pois a sensação sentida aqui é que do mar ele parou num lugar fétido, úmido e escuro, o profeta diz estar no seu inferno particular e é aqui que eu quero transmitir a mensagem.
Pessoas recebem palavras, promessas, ordens de Deus, mas de alguma forma estão distantes dele, ou então nós não entendemos o porquê nossa boca ainda declara o que não é verdade no coração: Temo ao Senhor. De alguma forma, seja pelo fugir de sua face, ou pelo fugir de nossa essência adoradora, ou por meros deslizes e atitudes tomadas sem consultá-lo, quem sabe também coisas inexplicáveis e inatingíveis no que diz respeito à nossa compreensão de fatos acerca daquele que nos preparou boas obras em Cristo de antemão, ou na nossa dificuldade em saber o que significa realmente “... todas as coisas cooperam juntamente para o bem daqueles que amam a Deus...Nós ás vezes temos nosso inferno particular.
A graça de Deus se manifesta de várias formas, já há algum tempo que eu tenho proposto em meu coração analisar a Bíblia sob a exegese de Cristo e decifrar os enigmas da graça contidos em cada relato nas Escrituras, e então, veja como é magnífica a graça de Deus nesta história de Jonas, pois ela aqui se manifesta tendo escamas, boca, estômago, olhos, e estrutura de um peixe, um grande peixe, com estômago suficientemente grande para abrigar um fujão.
Quantas catástrofes, ou o que chamamos de “dia mau” no qual melhor teria sido não acordar, que nós não entendemos o real propósito, casamentos destruídos, vidas arruinadas, negócios falidos, corações sangrando, despedidas, mortes, sofrimentos, angústias e dor, pecados que nos corrói a alma. Tudo isto são apenas peças do grande palco da vida onde os holofotes são direcionados para o centro das atenções, Cristo, a Graça de Deus revelada aos homens.
A graça de Deus é muito bem simbolizada aqui por este peixe, ainda que assustador ele retrata bem as faces da graça que variam em formas mas não em conteúdos. Por quê? Simples! O profeta fujão agora é engolido pela graça de Deus para um novo começo, uma nova oportunidade de estar no centro da face de Deus novamente. Em meio à ruína de uma alma hebréia assolada pelos males da distância de Deus, Jonas mal podia imaginar que o que ele chama de inferno, é o que vai lhe propiciar a oportunidade de recomeçar. O peixe engoliu Jonas, mas depois de três dias e três noites, o mesmo tempo em que Cristo esteve no ceio da Terra com seu corpo morto, e neste intervalo desceu ao Hades, Jonas também pensou ter descido ao inferno, mas este peixe o regurgitou, o cuspiu em terra seca novamente e o profeta pode ouvir Deus dizendo: “Levanta-te, e vai à grande cidade de Nínive, e prega contra ela a mensagem que eu te digo.” Jonas 3:2. É como se Deus tivesse ignorado simplesmente o ocorrido e ainda providenciado escape, é claro que nós, hoje, lendo esta história, temos esta visão de provisão pela graça, de salvaguarda divina e podemos pensar: é, mas Jonas sofreu e não entendeu isto, entendemos porque temos uma visão mais ampla. Exatamente! Temos a mente de Cristo, o que é magnífico! Podemos ver nos escritos de nossa vida a graça de Deus se manifestando na sua multiforme, doce, maravilhosa, sublime graça!
Que você possa diante disto, averiguar os acontecimentos em sua vida decifrando onde a graça de Deus se encontrou nos momentos onde humanamente falando foi como ter descido ao inferno. Podemos aprender que a graça de Deus é essa porta pro recomeçar, pra ouvir de novo sua voz, sua ordem, sua promessa, sentir seu amor, e sermos de novo reconciliados com Deus por seu amor e misericórdia, cujo produto... É graça!
Roberson Vinhali

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